quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Uma dor que dói no peito...




Minha mãe era enfermeira, então ela entendia bem de dor...
Porque quando não era sobre as dores dela, era sobre as dores dos outros.

Quando eu estava com dor de dente, dor de ouvido ou qualquer outra dor, eu reclamava. Ela me medicava e dizia: Vai passar!
Quando eu me machucava, ela fazia curativos e, enquanto passava os medicamentos, eu dizia: Está doendo, mãe! E ela falava: Se está doendo é porque está curando! Vai passar!

Ela sabia que as dores passavam, pois durante seu tratamento também passou por muitas dores. Mas, lá estava ela sempre inteira.
A dor passara!

Mas acontece que minha mãe morreu antes da mãe dela.
Então ela ficou sem saber que a dor que nunca passa existia sim!
Dói, não tem cura, nunca passa!
E, como nunca passa, você aprende a conviver com ela.
Ela te maltrata e te ensina o tempo todo!

Tenho aprendido muito nesses últimos 15 anos sem minha mãe!
Pois é, essa dor também faz você perder a noção do tempo, pois parece que tudo aconteceu ontem. Hoje faz 15 anos!

Meu irmão, Marcos Paulo, fez essa música pra ela...
Eu não conseguiria me expressar tão bem:


" Sinto, como um dia sem ti,
como ontem senti, como a vida sem ti,
Sinto, como a vida sem ti,
como ontem senti,
como no dia senti,

Como pode essa saudade sem fim,
como pode essa dor nunca se acabar,
como pode a ferida não se fechar,
como pode esse poder de te amar,

como pode seu olhar ainda me dizer,
como pode sua voz ainda me falar,
como pode seu abraço ainda me apertar,
como pode esse poder de te amar,

como pode o teu cheiro ainda eu lembrar,
como pode tua mão me abençoar,
como pode teu sorriso ainda me alegrar,
como pode esse poder, poder de te amar....
como pode esse poder poder de te amar...

Sinto como ontem senti,
um dia sem ti,
uma vida sem ti,
Sinto como um dia sem ti,
ontem senti,
no dia senti....

dor sem igual... 15 anos sem ti....
15 anos sentindo...
mas 15 anos crescendo!!!!
"


#saudade #mãe

2 comentários:

Georgia disse...

Difícil conviver com certas dores...mas vamos vivendo, quem sabe um dia todos nós nos encontramos né?

Fica bem amiga <3

Michelle Louzeiro Nazar disse...

Pri, que saudades suas! Eu avalio essa dor..quando meu pai faleceu escrevi o post intitulado a mais triste de todas as saudades...a dor que nunca passa, nunca Ela só muda de intensidade, mas de repente volta. E um vazio muito forte, muito. Ai, não consigo mais escrever...deu um nó na garganta.

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